sábado, 18 de agosto de 2012

RAÍSES MEDIEVAIS NO BRASIL









                                             Feiras Medievais
    
A partir do renascimento comercial e urbano no século XI, começou na Europa uma transformação na economia, na vida social e principalmente na paisagem urbana. As feiras, criadas pelos mercadores, destacaram-se como importantes entrepostos comerciais e como centro do desenvolvimento urbano.
Inicialmente as feiras exerciam atividades comerciais mais locais, mas com o passar do tempo elas se tornaram amplos espaços de negócios, recebendo e comercializando produtos de diferentes regiões da Europa, África e Ásia.
O desenvolvimento das atividades comerciais nas feiras foi fundamental para a introdução da moeda como base de troca (compra e venda) de mercadorias. Como as feiras passaram a exercer o intercâmbio entre os diferentes lugares do continente europeu e do mundo, diferentes moedas eram utilizadas nas negociações. A partir de tal momento surgiu uma nova atividade proporcionada pelo comércio das feiras: os cambistas, comerciantes que se especializaram na troca de diferentes moedas. Eles exerceram importante papel para o desenvolvimento comercial, pois os bancos e banqueiros surgiram a partir dessa atividade cambista de troca de moedas. Criaram-se novos sistemas de pagamentos, como letras de feira e letras de câmbio. Com a internacionalização das atividades comerciais que as feiras propiciaram, iniciou-se o desenvolvimento de um novo sistema de administração comercial, que utilizava taxas de juros e métodos matemáticos, como o sistema decimal. Essas inovações levaram a uma racionalização das atividades comerciais e foram fundamentais para o início do sistema capitalista racional: as taxas, os juros, o capital, os bancos e os lucros.

 Por Leandro Carvalho 










HERANÇA MEDIEVAL EM ACAJUTIBA

“FEIRA LIVRE”

  
 Em Acajutiba, tudo começou com os primeiro trilhos da viação Férrea Federal Leste Brasileiro. Surgiu ali em baixo de um pé de caju uma pequena feirinha, onde servia como ponto de encontro entre viajantes e de pessoal da localidade que ali moravam para a compra, venda ou troca de suas mercadorias.
      Assim tem início uma das criações mais antigas e tradicionais do comércio acajutibense a "feira livre", que possui dia e local específico.
Algumas barracas compostas de madeira, e cobertas de lona, são montadas antes do raiar do sol, com seus tecidos, e arranjos de horti-fruti típicos, e mercadorias vendidas em unidades de medidas especiais: dúzia de bananas, mamão, etc...
     Com um ambiente extremamente cativante, onde o cliente até hoje é chamado de freguês ou freguesa, e são atendidos de uma forma simples, brincalhona e muito personalizada. O estabelecimento de uma freguesia é conquistado inicialmente pela degustação, da mercadoria. A feira livre acajutibense, pouco mudou ao longo dos séculos. Ainda hoje, se encontram nas barracas, balanças de prato e pesos de metal. 
Fazendo parte da cultura local e funcionando como ponto turístico. Atuando assim de maneira a garantir a continuidade de linhagens antigas de comerciantes, varejistas, artesanais e trabalhando em reviver na memória das pessoas que não mais têm o hábito de frequentar feiras, pelo ritmo agitado do dia a dia de uma cidade.


                                    

4 comentários:

Unknown disse...

Olá Domingas, seu blog é muito interessante. podemos ver que as feiras pouco mudou de suas características medievais, inclusive em nossa cidade.

Unknown disse...

Parabéns, o tema escolhido é muito interessante, pela importancia que teve na Idade Média, e pela importancia que tem nos dias atuais.

grupo de Esplanada disse...

Olá Domingas é importante relatar as origens das feiras livres, aqui em esplanada, também tem feiras livres, porém com a mordenização as pessoas terminam comprando as frutas, verduras e legumes no cartão de credito nos supermecardo.

Kleber Freitas disse...

Bem legal Domingas estas fotos comparativas que você postou.