Feiras Medievais
A
partir do renascimento
comercial e urbano no século XI, começou na Europa uma
transformação na economia, na vida social e principalmente na paisagem urbana.
As feiras, criadas pelos mercadores,
destacaram-se como importantes entrepostos comerciais e como centro do
desenvolvimento urbano.
Inicialmente
as feiras exerciam atividades comerciais mais locais, mas com o passar do tempo
elas se tornaram amplos espaços de negócios, recebendo e comercializando
produtos de diferentes regiões da Europa, África e Ásia.
O
desenvolvimento das atividades comerciais nas feiras foi fundamental para a
introdução da moeda como base de troca (compra e venda) de mercadorias. Como as feiras
passaram a exercer o intercâmbio entre os diferentes lugares do continente
europeu e do mundo, diferentes moedas eram utilizadas nas negociações. A partir
de tal momento surgiu uma nova atividade proporcionada pelo comércio das
feiras: os cambistas, comerciantes que se especializaram na troca de diferentes
moedas. Eles exerceram importante papel para o desenvolvimento comercial, pois
os bancos e banqueiros surgiram a partir dessa
atividade cambista de troca de moedas. Criaram-se novos sistemas de pagamentos,
como letras de feira e letras de câmbio. Com a internacionalização das
atividades comerciais que as feiras propiciaram, iniciou-se o desenvolvimento
de um novo sistema de administração comercial, que utilizava taxas de juros e
métodos matemáticos, como o sistema decimal. Essas inovações levaram a uma
racionalização das atividades comerciais e foram fundamentais para o início do
sistema capitalista racional: as taxas, os juros, o capital, os bancos e os
lucros.
Por
Leandro Carvalho
HERANÇA
MEDIEVAL EM ACAJUTIBA
“FEIRA
LIVRE”
Em Acajutiba, tudo começou com os primeiro
trilhos da viação Férrea Federal Leste Brasileiro. Surgiu ali em baixo de um pé
de caju uma pequena feirinha, onde servia como ponto de encontro entre viajantes
e de pessoal da localidade que ali moravam para a compra, venda ou troca de
suas mercadorias.
Assim tem
início uma das criações mais antigas e tradicionais do comércio acajutibense a
"feira livre", que possui dia e local específico.
Algumas barracas compostas de madeira, e cobertas de lona, são montadas antes do raiar do sol, com seus tecidos, e arranjos de horti-fruti típicos, e mercadorias vendidas em unidades de medidas especiais: dúzia de bananas, mamão, etc...
Algumas barracas compostas de madeira, e cobertas de lona, são montadas antes do raiar do sol, com seus tecidos, e arranjos de horti-fruti típicos, e mercadorias vendidas em unidades de medidas especiais: dúzia de bananas, mamão, etc...
Com um
ambiente extremamente cativante, onde o cliente até hoje é chamado de freguês
ou freguesa, e são atendidos de uma forma simples, brincalhona e muito
personalizada. O estabelecimento de uma freguesia é conquistado inicialmente
pela degustação, da mercadoria. A feira livre acajutibense, pouco mudou ao
longo dos séculos. Ainda hoje, se encontram nas barracas, balanças de prato e
pesos de metal.
Fazendo parte da cultura local e funcionando como ponto
turístico. Atuando assim de maneira a garantir a continuidade de linhagens
antigas de comerciantes, varejistas, artesanais e trabalhando em reviver na
memória das pessoas que não mais têm o hábito de frequentar feiras, pelo ritmo agitado
do dia a dia de uma cidade.
4 comentários:
Olá Domingas, seu blog é muito interessante. podemos ver que as feiras pouco mudou de suas características medievais, inclusive em nossa cidade.
Parabéns, o tema escolhido é muito interessante, pela importancia que teve na Idade Média, e pela importancia que tem nos dias atuais.
Olá Domingas é importante relatar as origens das feiras livres, aqui em esplanada, também tem feiras livres, porém com a mordenização as pessoas terminam comprando as frutas, verduras e legumes no cartão de credito nos supermecardo.
Bem legal Domingas estas fotos comparativas que você postou.
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