De acordo com os entrevistados, tudo começou em 1905, quando surgiram os primeiros trilhos da Viação Férrea Federal Leste Brasileiro, ligando o povoado à capital do Estado, acontecimento que marcou época, trazendo consegue expressivo surto de progresso, principalmente para o comércio local. Com isso, nos arredores próximos à estação surgiu uma pequena feirinha localizada embaixo de um pé de caju. Essa pequena feira servia como ponto de encontro entre viajantes e garimpeiros que ali se dirigiam para compra, venda e troca de seus produtos. O
garimpo no Rio Itapicuru já se fazia, por esta ocasião. Alguma coisa de diamantes e ouro de aluvião que se achava no leito daquele rio, servia como base de troca, para o que se comerciava na feira. Animais de carga, galinhas,
porcos, perus, carne, feijão, farinha de mandioca, coco-seco, sal, querosene, aguardente e fumo eram as mercadorias mais procuradas.
Em 1912, já o lugar contava com mais de 25 casas e casebres. Em 1918, pela Lei Estadual nº 1.236, de 14 de maio de 1918 assinada pelo então Governador Severino dos Santos Vieira, antigo político do Conde, o lugar deixou de ser povoação e foi elevada a categoria de Vila. A vila tomou o nome emprestado do velho pé de caju sob o qual se deu as primeiras feiras, portanto Vila do cajueiro, município do Conde.As décadas de 20 e 30 não trouxeram grandes transformações ao lugar além da construção da Estação Ferroviária, neste tempo já a Companhia Leste Brasileiro era a detentora do ramal. Inaugurada em 1932, a estação marcou o centro da cidade, o ponto de encontro, o lugar das cargas e descargas, agora de toda a produção agropecuária tanto para as feiras de Alagoinhas e Salvador como para Sergipe. Antigas lutas políticas entre Esplanada e Conde resultaram na extinção e anexação a Esplanada pelo Decreto Estadual nº 7.479 de 8 de julho de 1931. Dessa forma
passamos a pertencer, por esta época ao vizinho município de Esplanada.
Em 1 de junho de 1933 por força do Decreto Estadual n° 8.464 a Vila do Cajueiro foi restaurada e novamente voltou à situação anterior.
Novamente
extinto pelo Decreto nº 9.673 de 13 de agosto de 1935 a Vila de Cajueiro volta a pertencer a Esplanada. Um dos grandes artífices desta saga de decretos foi o então deputado Ladislau Cavalcante Batista, que não queria de forma alguma “perder o Cajueiro”, visto ser aqui um do seu mais fiel reduto eleitoral.
A emancipação de fato ocorreu em 28 de novembro de 1952, com a promulgação da Lei nº 505 assinada pelo então governador Regis Pacheco, que criava o município de Acajutiba, com área de 229 km².
Nenhum comentário:
Postar um comentário